domingo, 26 de julho de 2009

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Agora que o outro carro se anda a portar de forma louvável, o pai e eu decidimos ir guardar o jipe na quinta do avô, bem acomodado, à espera que eu lá vá fazer muitas festinhas. Quer dizer, a companhia de seguros decidiu que estava na altura da apólice terminar, foi mais isso, e nós decidimos tirar o Sábado para irmos brincar com o carrito antes de o guardarmos. Começou logo na quinta-feira com o telefonema do “senhor” que me está sempre a chatear “tens que vender o jipe, e vende o jipe, e vende o jipe”, a dizer “olha, e se emprestasses o jipe ao pai, para o pai ir brincar um bocadinho?” e continuou na sexta com um novo telefonema “o jipe não pega, deve estar sem bateria, que chatice”. Ok, fazia sentido, eu não o ligava há um tempito. Deixou-se a bateria a carregar durante a noite. No Sábado de manhã acordo com ele, à porta de minha casa, completamente imundo de pó e óleo, exasperado. “O carro está avariado, esquece lá o passeio no jipe, vais ter que ligar ao mecânico na segunda-feira, já carreguei a bateria, desmontei aquilo tudo, sangrei o motor, injectei gasóleo à mão, aquilo não pega! Não pega! Não pega!”. Pronto, não era o fim do mundo, ligava-se ao mecânico e estava feito. Mesmo assim resolvi ir lá ver o que se passava. Assim que me sentei no lugar do condutor, enfiei a chave na ignição e liguei o motor sem problema nenhum, diz-me ele muito intrigado:

- Então mas espera lá, a chave roda é para esse lado...?!